Deixe-me, deixe assim mesmo.
Deixe meu sorriso farto e solto
Deixe meu cabelo
Deixe meu dia e ainda minha noite
pra que eu viva esses tempos
sem a sua língua e os seus olhos
Deixe-me! tolo, tola
Você nunca alcança
o pinguelo da minha cebola.
Você com seu modo de fugir
não me deixa viver
vive atrás de mim
pra poder se esconder
Nunca entenderá meus sentidos
nunca trilhará meus caminhos
morrerá assim mesmo (a)
Vá viver a si mesmo (a)
e me deixe assim
para sempre vivendo a mim.
Eu me tenho e me basto
O que tenho me basta
O que falta sempre me afasta de tudo
O que me falta não é nada
senão a falta de mim,
e basta encontrar o meu fim
que tudo me graça.
Joselito da Nair, do Zé, do Rafael, de Ana Lúcia, de Tantas Gentes e de Jesus, O Emanuel.