sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Arqueologia da Salvação


Renasço a cada manhã.
E por isso não morro na noite anterior.
O sabor desse mundo é fundo.
No raso eu colho e mergulho
E é somente profundo
que eu desfruto o sabor.

É somente lá embaixo
que eu provo o sabor
das coisas sublimes e etéreas
o rastro eterno do divino
que ficou sob camadas.

É na arqueologia dos sentidos
que encontro os vestígios de minha salvação.

Joselito da Nair, do Zé, do Rafael, de Ana Lúcia, de Tantas Gentes e de Jesus, O Emanuel

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