Eu
sabia que tinha um tempo precioso dentro do meu tempo;
assim
como meu tempo era um tempo dentro da história humana;
assim
como a história humana tinha um tempo na história da terra;
assim
como a terra tinha um tempo na história do universo.
Muito
embora soubesse que todo o tempo histórico
era
um tempo do ser humano, de um certo ser humano,
um ser
histórico.
Meu
tempo precioso tinha uma história de amor.
Por
isso ele era precioso.
E
por isso era o tempo de todos os tempos
E por
isso é eterno
enquanto
durou.
Cada
segundo, cada minúsculo milésimo
em que
o sentimento pleno manifestava
sua grandiosidade
um
tempo inteiro me tornava infinito.
E o olhar,
e o abraço
e a humilde descrição desse momento
marcou a plenitude do meu tempo.
Esse
tempo ficou comigo
o tempo
todo.
Mesmo
nos tempos mais difíceis,
Mesmo
na hora da morte
ele continuou
contando
a minha
história de amor.
O
amor que procura se perdoar
e por
isso perdoa o outro.
O amor
que entende nossa fraqueza e ignorância
e
por isso tem compaixão.
O
amor sem tamanho
que não
precisa ser grande
porque
é amor;
que
não precisa de provas
porque
é a prova;
que
não precisa de registros
porque
é o maior ato da história.
Joselito da Nair, do Zé, do
Rafael, de Ana Lúcia, de Tantas Gentes e de Jesus, O Emanuel
Nenhum comentário:
Postar um comentário
joselitojoze@gmail.com