sábado, 23 de julho de 2011

Desintegração

O nosso mundo foi invadido!!! Foi invadido pelo Brasil. Os invasores foram avistados em Brasília e em todas as Assembleias Legislativas, Câmaras de Vereadores, órgãos públicos, prefeituras e até nas governadorias!!! A situação é caótica, porque, diferentemente do que esperávamos, a invasão foi acontecendo discretamente, até que nos deparamos com a trágica presença deles no comando do Governo. Eles adotaram a estratégia de dominar a humanidade brasileira estabelecendo uma carga muito pesada de impostos, um serviço público muito ruim e um sistema cultural de corrupção que impede que a população desfrute, pelo menos nas bordas, do “progresso” capitalista. O metrô de Salvador e tantas obras públicas por esse país afora e, agora, a Ferrovia Leste-Oeste. Temo que os últimos governadores da Bahia e os prefeitos de Salvador também, sendo este último o pior de todos, sejam alienígenas. O Governo Lula e a própria Dilma, creio que também o são e, se não, foram abduzidos e estão sendo ameaçados de desintegração instantânea.

De fato, no mundo da política, a linguagem é essa mesma. O PT, chegando ao poder central, é cultivado pelo temor de perder acesso ao mesmo. Teme sua desintegração e, por isso, faz uso de tudo quanto é coisa para manter-se na posição dos privilégios. Para isso, cultiva um discurso nas adjacências do Brasil de que tem um projeto político diferente dos demais e, ao mesmo tempo, é pressionado pelos demais para manter seus olhos fechados para a corrupção que campeia nos ministérios e nos mistérios Brasil adentro, sob pena de desintegração política. O recente caso do PR, não confundir com Paraná, os paranaenses não merecem isso, é um indicador do inferno que arde Brasília adentro. Falo de uma Brasília específica, pois, da mesma forma, os humanos que lá residem, denominados de “candangos”, também não merecem isso. O PR não é um partido político, é uma quadrilha, cujos membros deveriam estar no velho e bom xilindró, ou, quem sabe, num “Angar 51” qualquer.

Já assisti a filmes de ficção que mostravam, entre outras coisas, a presença dos extraterrestres no poder político. Inclusive o filme “A Profecia” aponta que o anticristo também como o próximo ocupante de importante cargo político para, daí, por fim à toda promessa do Reino de Deus. Desconfio que a ficção sempre antecipa certas eventos importantes para a humanidade, como queda de meteoro, maremotos e destruições e reconstruções de diversas ordens. Creio que o Brasil é fruto de uma dominação perversa de seres muito mal intencionados, porque não dizer malignos? Que destroem o mundo paulatinamente, a começar pela nação. Esta última está sendo achincalhada por um grupo numeroso de extraterrenos, eleitos democraticamente por um grupo ainda mais numeroso de abduzidos humanos que, de quatro, em quatro, anos, são obrigados a exercer o seu direito sagrado de votar, mas não de revoltar.

Ao que parece, a população foi atingida por alguma bomba de gás que a deixa alienadamente em estupor, sem poder emitir sinal algum de rebeldia, de descontentamento com a roubalheira que campeia nas obras públicas. Ou, pode ser que todos nós sejamos alienígenas. Pode ser que a corrupção não seja um desvio, mas o normal e eu esteja aqui tentando não ser o que sou: um brasileiro ladrão, corrupto, cínico, que não se contenta em aceitar a corrupção, mas contribui, sempre que possível para que ela seja cada vez mais institucionalizada. Talvez a barbárie seja o nosso destino inexorável, e quem está adiando nosso verdadeiro destino histórico: a locupletacão final de nossa concepção cultural do que devemos fazer com o nosso patrimônio público. Assim sendo, o darwinismo social do nosso país é ditado pela esperteza do mais ligeiro, pelo cinismo do mais ladrão, pelo puxa-saquismo do menos poderoso. Assim sendo, esse país precisa assumir sua condição cultural dada por uma estranha combinação antropológica a fim de alcançar sua verdadeira identidade e abrir todas as cadeias, destruir todos os presídios, posto que os maiores representantes dos ocupantes desses lugares, estão fora dele. Mas, nesse caso, quem está sendo desintegrado é a grande massa de gente, denominada de povo brasileiro.

Joselito da Nair, do Zé, da Ana Lúcia, de Tantas Gentes e de Jesus, O Emanuel.

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