segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

BONECOS INFLÁVEIS


A juventude está sumindo.
Há muitos corpos
(se) consumindo.

Há muitos corpos
que a propaganda espalha
e muitas almas se apagam.

Quem está pensando a esta hora?
Quem reflete o destino e a história?
Quem? Quem? Quem?

Jovem é corpo,
Que se explora, lucra
bebe, come, desfruta.

O corpo paga
e apaga o humano
paga e apaga: consome.

Ter apenas um corpo
e nada mais pra viver
e nada mais pra dizer.

Apenas um corpo para o pleno gozo,
o gozo qualquer.
É muito pouco. Não dá nem um pé.

Bonecos infláveis!
Desumanos infames!
Desalmados insaciáveis!

Apenas um espaço de tempo
um corpo desatento
uma estátua esquecida.

A existência declina.

Joselito da Nair, do Zé, do Rafael, de Ana Lúcia, de Tantas Gentes e de Jesus, O Emanuel

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joselitojoze@gmail.com