Terminei de assistir o Surfista Prateado e fiquei pensando... Aqui no Brasil, aquele buraco imenso, numa circunferência perfeita que ele fez para que Galactus pudesse sugar as energias térmicas do planeta, Caso começasse pelo Brasil seria quase impossível. As empreiteiras gananciosas entrariam na justiça, alegando que a obra não foi licitada, requerendo uma verba de indenização para o cartel. O prefeito do município onde o buraco seria feito pediria "um por fora" para aprovar. O presidente da câmara de vereadores, representando uma quadrilha formada em seu interior, também. Já seriam "alguns por fora".
O Tribunal de Contas paralisaria a obra. O Surfista, agoniado, pois tendo de cumprir a missão a tempo, começa a ficar zangado com o andamento - andamento é somente força de expressão - do processo, tendo que molhar a mão de algum juiz para ter uma liminar concedida, precisando, para isso, ter de contratar um advogado que tivesse uma boa articulação no poder judiciário. De prateado iria ficando da cor de ferrugem, só de raiva. Os políticos da oposição, preocupados com o fim das eleições, e não do mundo, iriam fazer discursos ferrenhos contra as obras do buraco, mesmo porque nada ganharam de propina com ele, impingindo a culpa sobre o governo, que não conseguiu formar uma diplomacia competente para lidar com o extraterrestre. William Bonner, com aquela expressão de falsa seriedade, iria divulgar a notícia avisando que um Ministro do STF pediu "vistas" ao processo, demorando um ´seculo para passar essa vista no mesmo, pois a primeira instância da justiça no Brasil é um faz de contas, só funciona como porta de entrada do processo. O Ministério Público seria impedido de investigar e punir, pois os delegados tomariam para si uma tarefa que eles não conseguem levar à frente, como investigar crimes no Brasil.
Trabalhadores nordestinos e nortistas, considerados como preguiçosos pelos engenheiros paulistas, desceriam ao buraco, já em vias de desabamento, num elevador superfaturado e saturado de ferrugens, iniciado três décadas antes e ainda inconcluso, nunca mais retornando à superfície. O Governo negaria pensão aos familiares, pois sem corpos não há provas de suas mortes e a burocracia não permitiria a liberação do "benefício". Hotéis e pousadas se instalariam à beira do precipício, eleito como uma das "maravilhas" do Brasil, tornando-se local turístico, de mística e de romaria. Dois ou mais municípios disputariam o buraco na justiça e uma festa profana se seguiria após a comemoração religiosa. Chefes do tráfico local, financiados por um consumidor sem um código de defesa, teriam no buraco um lugar perfeito para o desaparecimento de corpos
Bem, a história é longa, mas, terminaria "salvando" o mundo do Galactus. O Surfista se cansou, relatou ao seu Chefe a complicação desse país, saiu para procurar outro planeta e outro território mais sério para sugar as energias. A concorrência, concluiu em seu relatório, aqui é muito mais forte que tu, ó grande e poderoso Galactus. Os poderosos brasileiros preferem destruir a nação e o povo deles aos poucos, com uma pitada maior de crueldade.
Bem, a história é longa, mas, terminaria "salvando" o mundo do Galactus. O Surfista se cansou, relatou ao seu Chefe a complicação desse país, saiu para procurar outro planeta e outro território mais sério para sugar as energias. A concorrência, concluiu em seu relatório, aqui é muito mais forte que tu, ó grande e poderoso Galactus. Os poderosos brasileiros preferem destruir a nação e o povo deles aos poucos, com uma pitada maior de crueldade.
Atenciosamente: Surfista Prateado. Direto do Brasil, Planeta Terra.
Joselito da Nair, do Zé, do Rafael, de Ana Lúcia, de Tantas Gentes e de Jesus, O Emanuel
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