O amor é a coisa mais alegre
O amor é a coisa mais triste
O amor é a coisa que eu mais
quero.
Adélia Prado
Fiquei
imaginando que o amor é como um círculo. Cada vez mais minha ignorância me
ensina que o amor é a realização plena do nosso ser, num retorno eterno aos
mesmos lugares. É porque, depois de tantos erros causados pela própria
ignorância cega de minha tola vaidade, a gente vai entendendo o quanto
faltou de amor e o quanto nos desviamos de nossa realização plena rumo a Deus.
No
amor, sempre passamos pelos mesmos pontos, mas, de forma inexplicável, parece
que estamos chegando pela primeira vez àquele lugar. Não há saída
fora do amor. Somente a maldade, a corrupção e a guerra respondem aos desvios de nossa humanidade
pra longe de Deus e, desse modo, perecemos distantes do caminho maravilhoso que
nos conduziria à plenitude de nosso ser no encontro com Aquele Que É.
Mas
o amor é tão difícil! É tão difícil apaziguar o nosso ser diante de um contexto
que nos convida à violência, ao consumo, à falsa realização baseada na obtenção
de tantas coisas inúteis, ao apego desesperado a um ego mal tecido na alienação de nossa realização legítima em Deus. É tão complicado agir com a sabedoria que nos leva à
superação do conflito rumo ao perdão e à reconciliação. É preciso um exercício
permanente através de atitudes firmes, baseadas em convicções fortalecidas por
nossa fé. E constantemente nos pegamos nos desviando do caminho do amor. Porque
não é fácil amar. Porque somos crianças birrentas ainda, com atitudes tolas que
não conseguem mergulhar profundo em si, porque, caso assim o fizéssemos,
descobriríamos a originalidade insubstituível de nossa existência a serviço do amor,
amando a cada gesto, tornando-nos “deuses” com Deus, por causa do amor vivido.
E
eu, que aqui escrevo, ainda tolo sem saber amar, talvez somente em fugidios momentos
de milagre, em que abro mão de “ser mais-não-sei-o-quê” para servir a mais o ser
outro que me aponta o destino da humanidade no seu ciclo espiritual no planeta
terra.
E
somente amando é que eu me encontro. Não um amor piegas, instituído por uma
ideologia rasteira. Mas o amor profundo que me faz encontrar no outro a mim
mesmo e a Deus.
Feliz
Natal, Feliz Amor Nascendo no coração de Todas e de Todos. O Amor Menino em sua
plenitude divina.
Joselito
Manoel de Jesus, O Emanuel.
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