Ela passou como a água do rio.
E se foi para mar. Adiante, radiante, cristalina,
escorrendo eternamente feminina.
E eu fiquei nessa beira, de bobeira, por aqui.
Não passei, para mim.
Não passei porque sei que a seguro na memória de amor;
na lembrança do sabor corrente de mulher,
que escorre toda vez que a penetro
e não para, nem repara, em meu olhar apaixonado.
Não deve. Ela segue seu destino de ser ela,
ser aquela que será o que já é:
mulher, mulher, mulher.
Ela estava certa ao seguir seu caminho.
Eu não era, nem vou ser, tão corrente.
Minha raiz fica aqui no lugar que eu amo,
mais que céu, mais que a terra, mais que o mar.
Meu lugar é meu lar, onde espero o vento e o sol,
onde olho para o céu e contemplo o azul,
onde à noite eu a recordo e acordo nas manhãs de acordo
com o que foi e que sempre ficará.
Minha memória triste é uma mina
onde garimpo minha história preciosa
construída em meu lugar.
Joselito da Nair, do Zé, do Rafael, de Ana Lúcia, de Tantas Gentes e de Jesus, O Emanuel
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