quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Para você que nunca é


Você que se vê
Que se veja!
Se perceba!
com seus olhos
com os olhos do ensaio
sobre a cegueira.

Você que se vê como falta
Ah, que falta você não faz!
Não faz falta, nunca está
no lugar que nasceu várias vezes.

Você, com esses olhos alheios
não se enxerga.
O que vê é uma falta de você
Um humano com fronteiras
muito bem delimitadas,
fora do padrão.  

E você? Quem supõe o seu ser?
Uma “gentinha”, “zé povinho”
ou “maria-vai-com-as-outras"?
Quem tu és? 
Quem é quem? 
És quem queres?
 teu querer é de quem?
Para onde você vai,
Se não sabes donde vem?
Você que se acusa, que se recusa
que sente falta de ser outro
Descanse em paz, amém.

Joselito da Nair, do Zé, do Rafael, de Ana Lúcia, do Calafate, de Tantas Gentes e de Jesus, O Emanuel

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