Vivo,
ainda que agora
vivo intenso o meu caminho.
Desculpas eu peço
dos pedaços do trajeto,
dejetos de mim.
Vigoro incessantemente
Imploro ardentemente perdões
E ofereço minhas margens, poesias,
orações e silêncios.
Aguardo profecias
Vivo meus passados
Intensamente!
E cruzo os tempos
para trás.
Reencontro coisas belas
outras terríveis
e enfrento o meu futuro
com as minhas cicratrizes
num pretérito imperfeito.
E desse jeito vivo
desajeito de gente.
Ao ter sido o eu mesmo,
deixo de ser quem seria
se não fosse esse errante de pessoa
que vive atrás de si
atrás de quem não vingou
e que, precisamente,
é um ninguém.
Sombra de algo
alma perdida
que tenta chegar em si mesma
que tenta voltar a si.
E o que encontra
é o caminho, o complô,
o tecido de ter sido
tecido entre humanos
num tempo que não mais existe.
E, assim sendo,
eu fui sendo o que sou.
Pra viver? Só sabendo.
Joselito da Nair, do Zé, do Rafael, de Ana Lúcia, de Tantas gentes e de Jesus, O Emanuel
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