sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Por João Bosco de Jacobina

 João Bosco, com sua bela escrita, poética ou crônica, reflte os clamores daqueles e daquelas que já não aguentam tanto cinismo, tanta injustiça, tanta impunidade. De fato, não aguentamos mais olhar para tantos malandros de gravata, toga e paletó, vestido fino e bolsas caríssimas,  terem tantos privilégios e luxos com o dinheiro público, enquanto nós, a maioria, estamos aqui pagando caro por tudo isso e ainda sendo punidos com mais impostos sobre nossos suados ganhos. Parabéns para esse escritor de Jacobina e Região que, mais uma vez, nos brinda com sua bela forma poética de expressar sua indignação. (Joselito)

1
O mundo está medonho,
Tá imensa a aflição,
Só se fala em terrorismo
E guerra sem explicação.
Mas, falemos do Brasil,
Ou o amigo já ouviu
Sobre um tal de mensalão?
2
É manchete no jornal,
No rádio e televisão.
Governistas tinham voto
Dos membros da oposição,
O governo então ganhava
E a oposição embolsava
A grana do mensalão.
3
Mentirosos feito a peste
Fingidos feito o cão,
Eis aí quem escolhemos
Pra governar a nação,
Esses monstros de rapina
Que só pensam na propina
E no tal do mensalão.
4
Esses crápulas precisam
Pedir desculpa à nação,
Dar a mão a palmatória
E se entregar a prisão,
Pra refletir e pensar
E nunca mais se enrolar
Na onda do mensalão.
5
Uns renunciam mandatos
Com medo da cassação,
Outros não dormem direito
Procurando solução,
Um já disse: - tá ruim
E o que será de mim
Sem receber mensalão?
6
Justiça tarda e não falha
Mas, pra mim é enganação,
Porque aqui no Brasil
Ela nunca chegou não.
Talvez esteja na trilha
Pra punir toda a quadrilha
Deste tal de mensalão...

Por: João Bosco Silva Fernandes, poeta cordelista
Jacobina - Bahia

2 comentários:

  1. Que delicia! Sim, é essa a frase que sai da minha boca com total tranquilidade depois que saboreei todos os escritos do "meu" professor querido. Sei que nem lembras mais de mim, mas fui feliz ao tê-lo como professor no curso de Educação Físia-UNEB CAMPUS IV, primeira turma. Aulas divertidas regadas a boas gargalhadas pela irreverência inteligente desse competente professor. Não sei bem qual a ordem dessas coisas em sua vida: humor e inteligência ou inteligente humor para viver, só sei que dá certo, muito certo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lucineide, acho que lembro de ti. Obrigado pela percepção bondosa sobre mim e mim mesmo. Outro dia alguém me perguntou porque eu rio tanto. Compreensível a pergunta, num mundo que nos convida às lágrimas. Bem, tentei dar uma resposta também compreensível. Respondi-lhe que quem não é bonito, como eu, deve sempre estar com um sorriso estampado no rosto, a fim de amenizar a "carranca" natural que apresento.

      um abraço afetuoso: Joselto

      Excluir

joselitojoze@gmail.com