Em tudo há segredo,
alegria e medo.
Em cada coisa
por menor que seja,
por maior que surja
há medo, alegria e segredo.
Há em tudo propósito
e absurdo
É mundo!
onde nem tudo se encaixa
de pandora.
São tempos, espaços,
discursos compondo
e decompondo o sistema.
Em tudo se encontra
o que se procura:
amargor e doçura
o fugaz e o que dura
o efêmero e o eterno
a maldade e a ternura
a feiúra e o belo.
A gente quer quintal com pomar
para poder brincar
Trabalha o segredo
e em medo seguimos
cortejos e ritmos
a alegria do povo.
e em medo seguimos
cortejos e ritmos
a alegria do povo.
A gente quer o fruto
e o sumo pro suco
e, de tudo, o melhor.
Mas a gente é pó,
é poeira na estrada
é memória esquecida
dos sonhos de amor.
O amor esquecido
retorna ao segredo
de cada indivíduo
que ao pó voltará
sem medo.
Em tudo há cortejo pro riso:
na morte, esse drama esquisito.
Tem alegria em cada coisa
de cada manhã:
na sombra que dá
gratuita das árvores,
nos córregos
que deslizam abaixo,
nos ossos cansados,
na pela suada
da negra largada
no aço do mundo.
Em tudo há medo, alegria e segredo
em tudo há o que se pensar
em tudo se inclina
o mundo a criar,
malcriar.
malcriar.
Joselito da Nair, do Zé, do Rafael, de Ana Lúcia, de Tantas Gentes e de Jesus, O Emanuel
Belíssimo poema! Cheio de ritmo e carregado de sentidos. E se em tudo há o que se pensar... Penso através das palavras ditas ou subentendidas, da beleza que suscita delas,que sou súdita da grandeza que emana desse mundo de criações bem e malcriadas!
ResponderExcluirA leitura dos seus textos é sempre um momento de encantamento!
Abraço...Mayre
Parabéns Jose... Precisamos dessa sensibilidade também no nosso espaço geográfico...
ResponderExcluirvamos tecendo...