quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

NEM MUITO MUITO, NEM MUITO POUCO

Eu, do meu lugar, me acho muito mais.
Embora saiba que isso não importa.
Nem muito mais, nem muito menos,
Nem muito muito, nem muito pouco.
Eu ainda me acho
por ser desencontrado,
pela imaturidade de um ser
que requer afirmação.

Mas desconfio desse modo
de conceber o meu destino.
E desatino a desatar os meus nós
a desacatar os meus orgulhos
e descalçar os meus pós.

Desamarro os meus pés
e enfio a minha língua
pelo vão de uma agulha
pra costurar a minha boca,
e tecer as minhas palavras
com os calçados nas mãos.

Tudo isso para perceber o mundo
de cabeça para baixo,
bem debaixo de outros homens
bem acima dos meus passos.

Joselito da Nair, do Zé, do Rafael, de Ana Lúcia, de Tantas Gentes e de Jesus, O Emanuel

Um comentário:

  1. Ai professo esse seu poema fez mim lembra de outro do Por: Adilson Costa

    "É certo que o certo muitas vezes está errado,
    é errado que o errado nem sempre está errado,
    mas o certo ou o errado não nos impede de viver,
    atrapalha um pouco isso é certo,
    mas é errado pelo certo sofrer,
    então o certo é incerto às vezes,
    o errado pode ser a melhor maneira de sorrir,
    quando o certo em nossa vida não existir.
    Nem certo nem errado,
    nem quente nem frio,
    nem muito nem pouco,
    ou será o contrário?
    Deixa pra lá,
    pois o importante
    é ter sempre o necessário".
    Por: Adilson Costa

    A verdade é que precisamos de pouco para nos encontrarmos no meio dessa sociedade "maluca" mas nos perdemos em uma busca desenfreada pelo muito, logo percebo que não existe loucos nesse mundo e sim pessoas que veem e vivem de forma diferente.

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joselitojoze@gmail.com